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Viagem Acadêmica a Campos do Jordão/Taubaté: sempre em prol de boas aprendizagens

25 outubro de 2018

Por Paulo de Tarso Rezende Ayub

Lidar com desafios/imprevistos, administrar situações-problema e exercer flexibilidade são necessidades que ultrapassam a escola formal para entrar no plano da escola da vida.

Mesmo com toda a logística de planejamento e organização, a Viagem Acadêmica a Campos do Jordão/Taubaté, em sua versão 2018, está nos fazendo vivenciar de forma intensa essas aprendizagens, pois fatos inesperados no entorno, que escapam ao nosso controle, entraram em cena, sem pedir licença.

A começar pela retirada de Pignaton de nosso convívio, justo ele que era guardião e guia durante todo o trajeto, propiciador de leituras geográficas ampliadas, muito bom companheiro nas trocas culturais e gastronômicas. As tantas memórias de viagem supriram sua ausência física, para deixar fluir a saudade de tempos idos e vividos.

Um atraso no voo de ida de quase duas horas — experiência-piloto em mais de 25 anos de viagem –, além da ansiedade natural que costuma gerar nos viajantes, impactou a programação, impedindo-nos de estar em nossa parada número um: o Parque Municipal Vale do Itaim, em Taubaté.

Ansiosos para visitar a réplica do Sítio do Pica-pau Amarelo e de estar face a face com os personagens-monitores de que tanto lhes havíamos falado na preparação, os alunos tiveram que ficar restritos ao universo mágico da imaginação, numa outra dimensão de viagem.

Ainda bem que, na Cantina Gadioli, fomos muito bem guarnecidos, com um atendimento cortês, almoço italiano de primeira linha e improvisação de um mercado de artesanato com motivos do Sítio que atraiu a garotada, distraindo-os (e a nós) dos pingos de chuva e rajadas de vento lá fora.

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A previsão do tempo (para a qual algumas famílias nos alertaram no Aeroporto) resolveu não fugir do script para se tornar companheira de viagem, com prejuízo para nossa parada na Fábrica Toco, na estrada de acesso de Taubaté a Campos do Jordão, onde apreciaríamos os lindos horizontes da Serra da Mantiqueira.

Terra molhada, ambiente úmido e paisagem enevoada tiveram o mérito de extrair de nossas bagagens a capa de chuva, dando ao nosso grupo uma identidade coletiva meio futurista, mas em compensação tiraram-nos o direito de ir e vir, com a liberdade familiar em tantas outras viagens.

A visita à residência de inverno foi um refrigério em meio aos tumultos do dia. Em especial, pela emoção dos alunos em percorrer ambientes que já haviam visto em fotografias e aos quais haviam dado vida, urdindo tramas literárias de tirar o chapéu.

As apresentações conceituais e poéticas conduzidas pelos alunos, transformando-os em protagonistas de trocas culturais, propiciaram a todos um olhar mais inspirado para os horizontes que se descortinavam para além das janelas.
E os bons bate-papos em ambientes acolhedores, sarau na sala de piano e degustação de chocolates na área externa diminuíram a frustração de não percorrer o lindo jardim-pomar, tocar nas fontes em formato de anjos/leões e transitar pelos dormentes que tanto interesse haviam atraído nos alunos durante sua participação no concurso cultural.

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Andar pelo Capivari observando a arquitetura e intra-estrutura da cidade em direção aos restaurantes (um bem afastado do centro), com os pingos intermitentes de chuva a molhar nossas capas e a resvalar por algumas partes do corpo, não nos deixou tão à vontade. Em compensação, propiciou-nos uma sensação de cena de filme, antecipação de clima de inverno e Papai Noel, imersão em um cartão-postal de proporções gigantes.

Os jantares em grupo também foram um ponto alto do dia. Qualidade gastronômica, fator cultural agregado, atendimento seletivo e bom convívio entre os convivas ocuparam nossa agenda até quase 11h da noite, após o que chegamos ao hotel exaustos e com algumas frustrações na bagagem, mas sem perder o bom humor e tirando proveito daquilo que é possível.

Teste de resiliência para todos, esta palavra tão em moda nos discursos, mas fundamental como prática a ser incorporada em nossos contatos com a realidade.

Se o climatempo não colaborar, a continuação da viagem promete, pois boa parte de nossa programação será em ambientes externos, nos quais a paisagem natural e as instalações a céu aberto são os principais atrativos.

De qualquer forma, a contar pela experiência acumulada no dia anterior e disposição dos alunos com seus acompanhantes, administraremos e superaremos o que for necessário, em prol de boas aprendizagens e para salvaguardar nossa integridade física-emocional. Um ótimo exercício para nossa criatividade, inteligência e interação humana.

Café da manhã nesta quinta, 25/10.

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