UM ENCONTRO COM A AURORA BOREAL
7 outubro de 2015Por Joelmo Costa, acompanhante da VAI (Viagem Acadêmica Internacional)
O dia 27 de setembro de 2015 sempre será lembrado pelos alunos e professores da VAI. O grupo do Da Vinci, após visitar os países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) e também Estocolmo (Suécia), seguiu para a Noruega, onde depois de conhecer a cultura da bela capital Oslo, partiu para o litoral norte do mesmo país, tendo como um dos objetivos, presenciar a Aurora Boreal.
A Aurora Boreal, assim batizada por Galileu Galilei, é um fenômeno resultante da reação dos ventos solares com o campo magnético da atmosfera da Terra, produzindo um espetáculo de luz que varia de cores e é visto apenas nas áreas próximas aos polos.
Pela raridade do fenômeno, achávamos que seria muito difícil visualizarmos, pois depende de um céu limpo, sorte na localização e de outras coincidências de combinação de fatores.
Depois de passar por avião pelo Círculo Polar Ártico, partimos em um pequeno navio de Bodo até Svolvaer, nas ilhas Lofoten (litoral norte da Noruega). No suave balanço do mar, avistávamos os pássaros sobrevoando um cenário que justifica a fama da região de ser uma das mais belas do mundo, foram quatro horas navegando as margens dos fiordes com a brisa fria trazida pelo equinócio de outono.
Aportamos à noite na minúscula vila de Moskenes e serpenteamos de ônibus as estreitas e perfeitas estradas norueguesas, cortando por meio de extensos túneis, as rochas de formação cristalina. Ao nosso lado, a “super lua” clareava o mar e nos convidava à contemplação. Era um sinal de sorte?
Tarde, próximo das 23 horas, chegamos ao hotel Lofoten em Svolvaer (um defeito no navio havia nos tirado quase três horas). A pequena cidade estava escura e quase deserta, somente a gente caminhava nas ruas como testemunhas do que estaria por vir. Dirigimo-nos à praça central e apreciando as casas vermelhas típicas de madeira de uma vila de pescadores, alimentávamos a nossa rara chance de presenciar a Aurora Boreal.
Não esperamos dez minutos e alguns alunos perceberam a formação de uma luz verde que foi se intensificando, criando formas e se desfazendo como um véu de noiva que dançava lentamente num espetáculo de luz visto apenas alguns dias do ano. O fenômeno durou poucos minutos, o suficiente para nos hipnotizar e deixar a linda lua como uma mera coadjuvante.
Emocionante, impactante, ímpar, bonito e espetacular, são alguns adjetivos que possivelmente serão usados para descrever um momento tão especial que carregaremos para toda a nossa vida. Um presente da natureza e um privilégio para as pessoas de espírito aventureiro e alma guiada pela curiosidade do saber.