O Borboletário como fonte de conhecimento e práticas pedagógicas
20 novembro de 2019Alunos interessados, curiosos e persistentes têm realizado uma rotina cotidiana que se inicia às 7h (meia hora antes de suas jornadas de dez horas diárias no Da Vinci). Nessa meia hora de sono doadas à pesquisa científica, por eleição própria de prioridade, observam e colocam a “mão na massa” em trabalho que não lhe oferece notas em boletim, mas aprendizados da beleza da vida.
Maria Helena Salviato Biasutti Pignaton
Eis o texto de Carolina Cardoso Campos (aluna da 1ªI1 do Ensino Médio e componente do projeto Clube da Ciência):
Durante o período de 28/10 a 1/11, participamos de um aprendizado mais aprofundado em relação ao Borboletário. Neste ecossistema, aprendemos os cuidados e os métodos de limpeza do local, medidas essenciais para manter vida nesse lugar.
Logo no primeiro dia, foi nos ensinado que era necessário limpar o balcão com álcool para que ele ficasse o mais asséptico possível. Depois, aprendemos que tínhamos que reabastecer diariamente a comida das lagartas, no caso folhas, para que elas pudessem ter constantemente alimentos e continuar seu processo de crescimento e transformação. Dessa forma, limpávamos os potes onde os ovos e lagartas estavam, retirávamos as fezes e restituíamos os alimentos. Apesar de vários trabalhos distintos e interessantes, nada se compara com a incrível experiência de poder ver de perto o ciclo completo das borboletas. Nós conseguimos participar ativamente no desenvolvimento das quatro principais fases: ovo, lagarta, pupa e borboleta. Muitas das vezes, chegávamos ao Borboletário e era surpreendente ver como uma borboleta que no dia anterior ainda era lagarta, agora já era uma borboleta. Assim, nós soltávamos e as víamos voar.
Carolina, no Borboletário.
Carolina, no Borboletário, com alunos do projeto Parceria Solidária.
Carolina, no Borboletário, com alunos do projeto Parceria Solidária.
À esquerda a aluna Júlia, no centro a aluna Carolina, e à direita o aluno Giuliano. Os 03 do Clube da Ciência, aprendendo no Borboletário Da Vinci.
Chegando ao final da semana, vimos o quão importante e interessante é o Borboletário. Percebemos que este ambiente serve como um ótimo um meio educacional, porque por meio da curiosidade, nós e futuros alunos seremos e somos estimulados a realizar pesquisas para resolver os diversos problemas do Borboletário, como ocorreu inicialmente com a falta de umidade do ambiente e o a propagação de um possível vírus entre as lagartas. A partir das observações e de diversas experiências, grandes conhecimentos podem ser adquiridos. Hoje, enxergamos o Borboletário não mais apenas como um local agradável de estar e vivenciar, mas como um ambiente em que conhecimentos são apreendidos e, quem sabe no futuro, possamos desvendar “mistérios” da natureza ainda não descobertos pelos cientistas.