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Gincana do Ensino Médio: cultura e estética em profusão

25 abril de 2017

Por Paulo de Tarso Rezende Ayub

Desta vez, os ventos conspiraram a favor. Tudo nos conformes, sem manifestações no entorno, problemas no trânsito ou rajadas de chuva que impactassem o andamento dos trabalhos.  Com esse panorama, a gincana do Ensino Médio, já transformada em permanência da agenda cultural do Da Vinci, pôde mostrar ao que veio: alunos, professores e funcionários mobilizados em torno de tarefas desafiadoras, inspiradas no tema transversal. Um esforço integrado em prol da expressão cultural e da dimensão estética.

A perspectiva cultural do currículo em primeiro plano, com bastidores e visibilizações impregnando o contexto acadêmico de um dinamismo agregador de pessoas, recursos, conexões. A cidade educativa descortinadora de potencialidades, tendo a estética/funcionalidade como impulsos. Pela análise e usufruto do conjunto da obra, a escola viva, literal e simbolicamente.

A mesa-redonda de abertura, em um bate-papo ao mesmo tempo esclarecedor e despojado, reuniu alguns profissionais da Escola, com atuações/visões diferentes mas complementares, a compartilharem o racional e o sensorial da estética, considerada como um diferencial do humano. O reconhecimento de que a escola é lugar privilegiado de aprimoramento do senso estético, como forma de potencializar aquilo que se adquire pelas experiências de vida, em trajetórias de auto e heteroformação. Um estímulo para os alunos mergulharem de corpo e alma na busca de um diálogo produtivo entre estética e funcionalidade.

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As tarefas-relâmpago do ano em curso (para execução ao vivo e em cores, com direito a torcidas organizadas) privilegiaram questões estéticas mais voltadas para o cotidiano: dos aviões de papel com maior alcance e durabilidade no voo às demarcações cartográficas de atrativos culturais-estéticos espalhados ao redor do globo; das montagens de imagens com Tangram em tempos-recorde às produções criativas tridimensionais com utilização de materiais recicláveis; da observação à reprodução de maquiagens circenses, para iluminar expressões faciais de alunas-voluntárias. A preocupação em contextualizar executores e espectadores quanto aos objetivos de cada tarefa proposta e em trazer avaliações precisas sobre os resultados obtidos contribuíram para uma maior valorização do momento e potencialização das aprendizagens.

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As tarefas prévias (de grupo) apresentadas no Anfiteatro, a título de culminância, reuniram os alunos em uma força-tarefa produtiva, fazendo com que se alternassem entre atividades de diferentes naturezas/graus de dificuldade e assumissem o protagonismo em coreografias, manifestações étnicas, fotonovelas em línguas estrangeiras, momentos gastronômicos e até como estetas produtivos, em montagens ou recriações. Estilizados com maquiagens/vestimentas legítimas, de acordo com as atribuições a seu cargo, e alternando-se no palco para trazer contextualizações e compartilhar ganhos/dificuldades vivenciadas no processo criativo, os alunos superaram as expectativas, transformando a cultura em elemento agregador e demonstrando um respeito à produção do outro digno de nota.

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Muito bonita de se ver/sentir a sintonia dos alunos com a aura estética que domina a Escola, desde o início do ano letivo. A grafite do muro com produção de quatro grandes painéis em tributo a expoentes da cultura nacional (Cândido Portinari, Ferreira Goulart, Tom Jobim e Glauber Rocha) e as recriações de obras dos Irmãos Campana são faces visíveis da gincana que vêm se acoplar às tantas interferências estéticas que o Da Vinci tem propiciado a sua comunidade na forma de instalações, painéis, releituras de obras, espaços temáticos. Do institucional ao estudantil, o Da Vinci deixa transparecer que a escolha de um tema transversal, ano após ano, é muito mais que questão de retórica.

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A tarefa coletiva, neste ano redirecionada para a simulação de mercados temáticos, trouxe uma profusão de sons, cores, texturas, sabores e personagens, numa mostra de originalidade, consciência estética, seleção de motivos para exposição, interação com o público-alvo. Em sintonia com emanações do mundo real, as quatro turmas expositoras (representando a Turquia, Grécia, México e Brasil) deram uma aula de alegria, envolvimento e culturalização. A Praça da Convivência, um espaço físico privilegiado, converteu-se em um ambiente humanizado, pela confluência entre culturas distintas, num convite à observação, apreciação e usufruto, bem como pelo espírito de troca e interlocução entre os presentes (expositores e espectadores).

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A gincana cultural instiga os alunos à precisão científica e liberdade criadora, ao conhecimento de causa e à contextualização, à canalização de habilidades individuais para a autoria compartilhada – atributos que levarão  para toda a vida. À Escola, insta reconhecer a capacidade e o diferencial de seus alunos; e agradecer-lhes por se envolverem com tanto entusiasmo e comprometimento com nosso ideário educativo, movido principalmente a esperança e inovação.

As tomadas fotográficas de diversas configurações do evento são textos à parte, pois permitem entrever detalhes e amplitudes do tanto que se produziu, numa espécie de memorial estético. Convidamos os leitores a usufruí-las como se estivessem integrados ao ambiente/clima que se faz presente aqui, por via do audiovisual.

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