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Fórum Faap: 10 anos de participação do Da Vinci

3 junho de 2015

Por Joelmo Costa

O tempo passa com a velocidade do desejo que almejamos. E com o piscar dos olhos, iremos completar entre os dias 03 e 06 de junho, a décima participação do Da Vinci no Fórum FAAP. O modelo de debate do Fórum FAAP é similar ao que ocorre na ONU (Organização das Nações Unidos). Os alunos, como delegados/diplomatas, representam e defendem a posição de um país, sendo o tempo inteiro o sujeito protagonista do processo de aprendizagem (pesquisa, escrita, oratória, posicionamento diante de temas importantes da geopolítica mundial). Nessa parceria (Da Vinci e FAAP), muitas janelas se abriram, resultando, por exemplo, na idealização e consolidação do Fórum da Vinci (na sua oitava edição este ano) e na participação em fóruns internacionais como a UNESCO – Center for Peace e Harvard Model United Nations – HMUN, em Harvard.

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Alunos participantes do Fórum Faap 2013

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Estudantes no Fórum Faap 2014

Como não incorporar essa rica experiência na formação cultural e no currículo oculto de nossos alunos?

Ao longo desses dez anos, participaram das edições do Fórum FAAP aproximadamente 120 alunos, hoje formados ou ainda cursando faculdades em diferentes áreas. Eis alguns depoimentos de sempre-alunos sobre o Fórum FAAP:

“Passados quase 06 anos desde a última vez que participei de uma simulação das Nações Unidas como delegado, no final de 2009, recebo com muita alegria, e também nostalgia, a missão de colocar em palavras a repercussão de tais atividades em minha formação. Meu Ensino Médio foi bastante marcado por estes eventos: FAAP, em São Paulo; UNESCO, nos Estados Unidos; e muitas participações no Fórum Da Vinci (como delegado até 2009, e auxiliando na organização em anos subsequentes). A primeira influência direta dos fóruns em minha vida foi, com certeza, a opção pelo curso de Direito, no qual já estou agora na reta final. Àquela época, a escolha pela carreira diplomática parecia certa e imutável. Hoje, contudo, terminando o curso de Direito, confesso ser também atraído pela carreira da advocacia, sem que isso signifique a morte do sonho de integrar o quadro do Itamaraty (este é um ideal que, embora não seja hoje o meu maior foco, nunca esteve definitivamente descartado. Basta uma única notícia envolvendo conflitos diplomáticos ao redor do mundo para reacender o pensamento… Quem sabe um dia?!). Independentemente dos rumos que a minha carreira profissional irá tomar, todos os aprendizados que conquistei com as simulações das Nações Unidas, sempre sob a coordenação de Joelmo e Lorena, são de grande valia: desenvolvi minha capacidade de negociação, meu poder de convencimento, minha oratória em público, minha escrita, aprendi a trabalhar sob pressão, a me adaptar às formalidades e a conviver respeitosamente com diversidades culturais… Enfim, uma grande bagagem de aprendizado que muito me ajudou na Universidade e que, com certeza, será de grande proveito em minha carreira profissional. Tudo isso sem contar as memórias que guardo das grandes vivências e momentos de interação durante o acontecimento dos fóruns (fossem eles no Da Vinci, em São Paulo ou nos Estados Unidos). As simulações das Nações Unidas foram, com certeza, um capítulo fundamental em minha formação.”
Gilson Simão Passos

“Depois de mais ou menos 7 simulações (já até perdi as contas) – umas como mesário, outras como delegado – pude perceber o quanto os fóruns de discussão estudantil acrescentaram na minha formação. Ingressei no ano de 2015 na Engenharia Elétrica da USP e uma das oportunidades que tive aqui foi entrar em contato com alguns grupos de extensão que têm processos seletivos para o ingresso. Em uma entrevista de recrutamento para o grupo Poli Racing (um grupo de desenvolvimento de carros de corrida) me pediram para dar um depoimento sobre alguma situação na minha vida na qual eu trabalhei em equipe para conseguir um objetivo. De imediato o fórum surgiu na minha cabeça e eu relatei sobre as várias vezes que me reuni com meus colegas para redigir ou discutir uma proposta de resolução simulada para um problema real da geopolítica. Ao sair da sala de entrevista os entrevistadores me disseram que eu fui um dos mais bem colocados no processo e eu não tenho dúvidas de que o fórum foi um grande diferencial nesse sentido.
Apesar de tudo isso, sei que o fórum não é só currículo. Eu jamais faria 7 vezes alguma atividade que eu não goste, mas o fórum é uma excelente forma de aprender sem aquelas cansativas horas na sala de aula. Quando o aluno se levanta para expor seu ponto de vista ou contrapor a proposição de alguém ele se torna agente do processo de aprendizado, o que faz com que o conhecimento fique fixado de forma quase permanente em sua. Além disso, o fórum ainda é uma das únicas oportunidades (na escola) de aprender humanas na prática (existem também olimpíadas jurídicas, viagens e diversificadas).
Enfim, escrevo esse artigo como forma de agradecimento aos que me incentivaram a discutir, melhorar minha oratória, minha argumentação e meus conhecimentos gerais, mas – mais do que isso – escrevo para que eu possa ser também incentivador dessa atividade.”
Daniel Bentes Ferreira

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