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Da Vinci participa da II Feira Literária Capixaba

28 maio de 2015

A convite da Academia Feminina Espírito Santense de Letras, o Centro Educacional Leonardo da Vinci participou, em 20/05/15, da mesa-redonda “Importância de Virgínia Tamanini para a Cultura do Espírito Santo”. O evento integrou a programação da FLICA-ES, II Feira Literária Capixaba, que traz como homenageada a autora do romance Karina, reconhecido como um dos mais aprofundados romances sobre a história da imigração italiana no Estado. Por sua veia multifacetada e ativismo cultural, Virgínia Tamanini é reconhecida como mulher em prosa, verso e telas.

A mesa contou com a coordenação de Paulo Stuck Moraes, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, o qual trouxe uma contextualização sobre as contribuições da homenageada para a cultura capixaba, e foi composta por Silvana Bissolli, acadêmica que escolheu o romance Virgínia como objeto de estudo em sua dissertação de mestrado; bem como pelos professores do Centro Educacional Leonardo da Vinci Joelmo Costa e Paulo de Tarso, parceiros de longa data em diversos projetos de terceira nota com foco no resgate da literatura e história capixabas.

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A conversa transcorreu em excelente nível, assistida por seleta plateia formada por personalidades da cultura de nosso estado e por diversos jovens interessados na história local e nas produções de Virgínia Tamanini. No entorno, stands de livros, espaços para oficinas e mostras artísticas e público-alvo em contato com a riqueza da produção literária local, que alcança maior visibilidade com eventos deste perfil.

Silvana Bissoli trouxe um panorama sobre a vida de Virgínia Tamanini e seu entusiasmo na produção artística e ativismo cultural, além de apresentar as contribuições leitoras que resultaram do estudo aprofundado da obra, como representante da ficção histórica.

Paulo de Tarso ressaltou a importância das escolas na visibilização do potencial dos escritores de nossas terras para as novas gerações, partilhando o projeto desenvolvido pelo Da Vinci em torno da vida e obra de Virgínia Tamanini, que traz desdobramentos até os dias atuais. Sugeriu, como metodologia de trabalho, que se invista primeiramente na pré-leitura (formação de repertório nos estudantes sobre o objeto de estudo), na leitura aprofundada de produções literárias (inclusive com roteiros culturais acoplados) e na pós-leitura, etapa em que os alunos devem assumir a função de agentes culturais, produzindo documentários, releituras, mostras fotográficas e artísticas em dialogia com a obra estudada, para multiplicação de suas pesquisas e aprendizagens. Só assim podem se apropriar da cientificidade da literatura e dar vazão ao potencial criativo e crítico que habita nos leitores.

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Joelmo contou de sua experiência acadêmica (em curso de pós-graduação) com a história e literatura capixabas, primeiro momento em que se pôs em contato com a personalidade de Virginía Tamanini, e da oportunidade que encontrou no Da Vinci para aprofundar-se na interdisciplinaridade entre os dois campos do conhecimento. Comentou algumas produções literárias da escritora e suas incursões na pintura, inclusive exibindo cópias de algumas de suas telas pouco conhecidas e que, como em Karina, retratam a vida no interior e a saga dos italianos que fizeram do Brasil a sua pátria, contexto com o qual por muito tempo conviveu. Joelmo compartilhou também a crônica de viagem que produziu para a agenda do Da Vinci em 2014, resgatando um roteiro cultural que fizemos com alunos voluntários para conhecermos de perto os locais em que Virgínia Tamanini viveu ou que descreveu em suas obras, bem como o legado cultural que deixou no entorno. Encerrou sua participação com a leitura de um poema de autoria própria, produzido de  rompante em tributo a Virgínia, estimulado pelo clima intimista e afetivo que dominava o espaço cultural da Fábrica de Ideias.

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A diversidade de espaços e eventos que formam a FLICA e a significativa presença de ótimo público  vem consolidar a capacidade produtiva e intelectual do povo espírito-santense, seja de pessoas aqui nascidas ou de “estrangeiros” que se tornaram nativos, adotando nosso estado como seu albergue. Mostra de que o mosaico étnico capixaba luta para preservar seus legados/tradições e cultuar valores.

Capas de algumas edições de Karina, individualmente em cópias A3, mostradas por Joelmo.

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Nove quadros pintados por Virgínia foram mostrados através cópias A3, inclusive vários detalhes.

Seguem alguns…

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