Professor Joelmo Costa lança livro no Da Vinci
6 julho de 2015Será lançado nesta terça, 07 de julho de 2015, às 17h, no Da Vinci, o livro “Poeticidades”, do professor Joelmo Costa. Viajante inveterado e amante das artes, o professor lança o seu segundo livro.
Joelmo é professor de Geografia e tem se aventurado no mundo das letras desde 2013, quando lançou seu primeiro livro, “Olhares e Conexões”.
“Poeticidades” é um livro de poesias que tem a intenção, segundo o autor, de dialogar, refletir, aguçar o pensamento e despertar, com simplicidade, o “eu poético” que existe em cada um.
Confira abaixo uma entrevista com o autor:
1- Como surgiu a ideia e inspiração para escrever um livro de poesias?
A poesia nos rodeia todos os dias e encontra-se nas situações mais simples de nossas vidas. De forma geral, o duro cotidiano urbano nos embrutece e a poesia, assim como a música e outras formas de arte, nos humaniza e serve como uma lupa para enxergar a beleza contida até na dureza das coisas.
Talvez a chegada dos 40 anos despertou-me uma “janela sensorial” até então fechada e o livro foi uma forma de compartilhar os meus sentimentos.
2- Qual a diferença entre o livro Poeticidades e o anterior, Olhares e Conexões?
Poeticidades é um conjunto de poesias em verso e prosa que escrevi em sete meses. Por ser um livro de poesia, o autor está mais exposto, pois os escritos estão mais carregados de sentimento. É um livro mais corajoso. Já Olhares e Conexões é uma coletânea de artigos de opinião e crônicas de viagens, que organizei durante três anos, onde tento caminhar nas lembranças de minhas viagens e nas trilhas da geopolítica.
3- Quais são as suas referências poéticas?
Identifico-me muito com a poesia e produção musical de Arnaldo Antunes e apesar de Poeticidades não seguir apenas um estilo, tem muito texto e reflexões que nos remetem a ele. Tenho gosto variado e talvez por não ser especialista na área, busquei escrever uma poesia simples e genuína, que foge um pouco das métricas acadêmicas. Vinícius de Moraes, Noel Rosa, Carlos Drummond de Andrade e até Leminski, serviram também como inspiração.
4- Você pretende escrever outros livros?
Não me considero um escritor. Escrever é um processo árduo e depende muito do momento em que estou vivendo, envolve tempo e inspiração. Neste exato momento não penso em escrever outro livro, pelo menos para o próximo ano, mas as coisas podem mudar.
5- Como está sendo para você essa experiência de se expressar através da literatura?
Toda experiência que me tira da área de conforto é positiva. A arte é paradoxalmente uma simplicidade complexa e estou muito feliz em poder me expressar por ela, através da literatura/poesia. Tive, por meio dos projetos na escola, a oportunidade de descobrir a literatura capixaba, conhecendo a obra histórica e ficcional de Luiz Guilherme Santos Neves, Virgínia Tamanini, entre outros. A literatura já faz parte da minha autoformação.
6- Observamos ao longo desses anos na sua trajetória, um interesse constante em inovar e se aprofundar em outras áreas fora da sua formação acadêmica. Você poderia falar um pouco sobre isso?
Sou graduado em Geografia e busquei uma pós-graduação em Literatura e História do Espírito Santo como forma de ampliar o conhecimento em outras áreas. Atualmente tenho mais livros de história da arte e literatura do que de geopolítica, o ambiente cultural que encontro aqui no Da Vinci, me propicia isso. Na minha concepção, as ciências e as artes se completam e são interdependentes. Portanto, entender as ciências como uma rede interligada é uma forma de fugir das especializações que nos fragmentam.
7– Já tem novos projetos vindo por ai?
Sempre traço planos envolvendo algum projeto cultural de cunho coletivo ou pessoal. Para os próximos dois anos, por exemplo, estou projetando estudar fotografia para registrar o encontro das religiões (cristianismo, judaísmo e islamismo) na cidade história de Jerusalém, que eu ainda não conheço. É um projeto ligado a quatro temáticas que me interesso muito: viagem, geopolítica, religião e história. Mas essa é outra história…