Parceria Solidária: confira a entrevista com o sempre-aluno José Maikon de Souza, aprovado na UFES.
22 abril de 2015Em julho de 2014 publicamos no site da escola uma matéria sobre a rica troca de experiências entre nossos alunos e alunos do Ensino Fundamental da escola pública Aristóbulo Barbosa Leão, no projeto Parceria Solidário. Na ocasião, citamos sobre a bolsa de estudos do aluno José Maikon de Souza, na época aluno da 3ª série do Ensino Médio do Da Vinci. (http://www.davincivix.com.br/index.php/parceria-solidaria-um-projeto-que-transforma/)
José Maikon participou, enquanto aluno do 9º ano do Aristóbulo Barbosa Leão, do projeto Parceria Solidária. Durante um ano ele teve aulas de inglês e matemática. Mas, além desta oportunidade, outra ainda estava por vir. Pelo bom desempenho, ao final do projeto, José Maikon foi indicado por alunos monitores e professores para receber uma bolsa de estudos e fazer o Ensino Médio no Da Vinci.
E neste ano, todo o esforço e dedicação nos estudos renderam bons frutos. José Maikon foi aprovado no vestibular 2015 da Ufes para o curso de Engenharia Elétrica.
Confira abaixo uma entrevista com José Maikon sobre o projeto e sua aprovação.
1) Onde nasceu o desejo de seguir a carreira de Engenharia?
Creio que minha opção pela Engenharia seja advinda da minha vontade de moldar a conjuntura à qual vivo, junto ao meu gosto pessoal pela área de exatas. Além disso, algumas influências familiares de pessoas que prosperaram como engenheiros também foi um fator motivador, mesmo que não exclusivo. Agora que já tenho contato com alguns setores de pesquisa e tecnologia da Universidade (através de um projeto bastante parecido com o “Projeto Profissões”), vejo que minha escolha abrange perfeitamente às demandas.
2) Fale sobre o papel da escola e do projeto Parceria Solidária na sua vida.
Tanto participar do Parceria Solidária, quanto ter sido aluno do Leonardo, me fez perceber que eu poderia sempre dar o meu melhor para alcançar meus objetivos. No projeto, eu tive contato com alunos brilhantes, que se empenhavam muito para transmitir conhecimento, fato este que, além de me cativar como membro, influenciou em uma visão pessoal que tenho atualmente: a de que o saber sempre será uma prioridade. Já nos anos como aluno da escola, convivi cotidianamente com colegas de diversas personalidades e aspirações pessoais, mas todos com determinação para alcançar seus objetivos. Mesmo que sutilmente, essas vivências me fizeram repensar bastante valores como amizade, dedicação e respeito à diversidade de pensamento.
3) Qual era a sua rotina de estudos?
Na maior parte do ano, cursei as aulas programáticas do terceiro ano e estudei nas noites dos dias úteis, às vezes em casa, outras na escola, mas sem falhar com o compromisso. Ao todo, a carga horária diária resultava em 10 horas, já descontando o período de almoço e lanches. Aos fins de semana, priorizei questões específicas de vestibulares e olimpíadas, sem uma carga horária definida, variando conforme as necessidades.
4) Como o estudo no da Vinci colaborou para a realização desse sonho?
O Da Vinci me fez amadurecer bastante no âmbito técnico, por meio do corpo docente, cujos membros são muito bem habilitados e capazes de fazer conexões entre conteúdos muito teóricos e suas respectivas aplicações práticas. Houve também os projetos extracurriculares como fóruns, turmas olímpicas e mostra científica possibilitaram um contato prévio com “situações problema” do mundo real, o que considero como um diferencial na minha formação. A toda essa bagagem de conhecimento, junto aos profissionais e amigos envolvidos, está associada minha aprovação, sem sombra de dúvidas.
5) Valeu a pena todo o esforço?
E como! Hoje, já cursando matérias da Engenharia Elétrica, vejo a recompensa de todo o esforço dos últimos anos, tanto através da possibilidade de estar onde estou, quanto pela naturalidade com a qual estou lidando com o alto nível de dificuldade do curso. Tudo isso, graças a muitas horas de estudo e dedicação, junto à equipe Da Vinci.
6) Brevemente, que dicas você daria para aqueles que estão se preparando para o vestibular?
Claro que não há uma regra geral, mas diria que se empenhar nas aulas em sala, conhecer muito bem o nível do vestibular priorizado e o modelo de questões cobradas, além do empenho fora da sala de aula (não dormir tarde, estudar aos fins de semana, etc.) são algumas recomendações.