Entrevista com Sergio Denicoli, sempre-aluno
9 julho de 2018Dando continuidade ao projeto onde publicamos em nosso site entrevistas com sempre-alunos, conversamos com Sergio Denicoli. Doutor em Ciências da Comunicação, ele esteve na Escola recentemente conversando com estudantes do Ensino Médio sobre Eleições e internet.
O objetivo é não perdermos o contato com nossos sempre-alunos e sabermos onde estão trabalhando, vivendo,… enfim, conhecermos um pouco da vida dos alunos que fizeram e fazem parte da nossa história.
Confira a entrevista:
01) Nome completo
Sergio Denicoli
02) Idade
41 anos
03) Em que ano se formou no Da Vinci? Quantos anos estudou na escola?
Estudei na escola desde o primeiro ano da escola até 1993, quando prestei o vestibular.
04) Prestou vestibular para qual curso, para qual faculdade?
Comunicação Social, na Ufes
05) Conte-nos um pouco da sua trajetória acadêmica e profissional.
Iniciei o curso de Comunicação na Ufes e escolhi a vertente da publicidade. No entanto, me identifiquei mais com o jornalismo e acabei fazendo um segundo curso, na Faesa. Meu primeiro emprego como repórter foi na rádio CBN, no primeiro ano em que a emissora foi ao ar em Vitória, há cerca de 20 anos. Depois fui repórter da TV Gazeta, chegando a fazer as produções do estado que eram exibidas na Rede Globo. Estive na TV Gazeta até 2004, quando me mudei para Braga, em Portugal, para fazer um mestrado em Informação e Jornalismo. Logo comecei a dar aulas na Universidade do Minho, onde estudava. É considerada a melhor Universidade portuguesa na área da Comunicação. Concluí o Mestrado e logo em seguida iniciei um Doutorado na mesma Universidade, também em Comunicação, onde pesquisei a televisão digital. Durante o doutorado tive a oportunidade de viver em Cambridge, na Inglaterra, e em Valência, na Espanha. Países que me acrescentaram muito e onde pude conviver com jovens de diversas nacionalidades, de todos os continentes. Esse estudo doutoral acabou por me levar até mesmo ao Parlamento de Portugal, onde solicitei aos deputados que instaurassem uma CPI para investigar a implantação da TV digital, devido a indícios de irregularidades no processo, que identifiquei em meus estudos. A CPI não foi formada, mas minha pesquisa foi bastante divulgada pelos jornais e TVs, colaborando para melhorar o sistema televisivo português. Com o fim do doutorado, segui os estudos, completando dois pós-doutorados. Um pela Universidade Federal Fluminense e outro pela Universidade do Minho, em parceria com a Westminster University, de Londres. Estudei a regulação da internet no Brasil e também na Europa. Antes de inicar os estudos pós-doutorais, me mudei para Berkeley, na Califórnia, onde tive contato com as mais diversas tecnologias de social listening, o que, posteriormente, me inspiraria a montar uma empresa voltada para o mercado e análise de dados digitais, a Exata. Hoje a empresa possui escritórios em Vitória, Brasília e Portugal. Nos especializamos em análise de Big Data e, mais recentemente, optamos pela vertente das análises baseadas em inteligência artificial. Hoje a Exata conta com 17 colaboradores, sendo grande parte da equipe formada por programadores e profissionais de áreas diversas, além da comunicação. Priorizamos ter em nossa equipe pessoas com formação acadêmica avançada, pois acreditamos muito no estudo como forma mobilizadora da sociedade e do mercado.
06) E na sua vida pessoal? Casou? Teve filhos? Onde reside atualmente?
Não casei nem tenho filhos. Vivo uma vida meio nômade, sem um lugar de moradia fixo. Atualmente fico parte do ano no Brasil e parte em Portugal. Mas pretendo, futuramente, viver cada ano em um país diferente. Me considero um cidadão do mundo. A curiosidade é o meu motor e, como a minha empresa pode ser perfeitamente gerida remotamente, esse plano é plenamente possível e será colocado em prática em breve.
07) Você recentemente voltou a escola para ministrar uma palestra para alunos. Como foi este retorno? Quais as principais lembranças da época em que estudava no Leonardo da Vinci?
Retornar ao Leonardo da Vinci para passar algumas das minhas experiências para os estudantes foi algo muito importante para mim. Me emocionei bastante e confesso que não esperava que essa experiência fosse me trazer tantas lembranças e uma maravilhosa sensação de nostalgia. O Leonardo da Vinci é muito mais que uma escola. É uma instituição de formação de cidadãos, de preparação de crianças e jovens para a vida, com muita responsabilidade e envolvimento. Voltar para aquele local tão importante para mim, me fez perceber o quanto eu aprendi ali e o quanto eu devo à escola pelas conquistas que a vida me proporcionou. Me lembrei de amigos com os quais eu convivi por anos, de forma fraternal. Quando o Leonardo da Vinci implantou o sistema integral no Espírito Santo, isso foi uma grande novidade. Foi a primeira escola do estado nesse modelo. E quem estuda no integral sabe que as amizades que se formam são laços muito fortes, pois acabamos convivendo mais com os colegas do que com a nossa própria família. E ao voltar me lembrei de cada amigo que fiz nos tempos que passei ali. Recebi também o carinho dos funcionários e professores. Muitos deles ainda da minha época. Só tenho a agradecer à Maria Helena e ao Victor pelo convite. Foi um dia que vou guardar para sempre na memória.
08) Acha que o ensino que teve no Leonardo da Vinci contribuiu para sua vida, tanto pessoal quanto profissional?
Sem dúvida. O Leonardo da Vinci é uma grande escola. Uma das melhores do Brasil e do Mundo. As aulas vão muito além das matérias mais tradicionais. Eles buscam desenvolver muitos lados dos estudantes, estimulando experiências que passam pela química, física, matemática, mas também pela música, arte, formação da cidadania, respeito às diferenças. São bases que levamos para toda vida.
09) Algum conselho ou mensagem para os nossos estudantes?
Que aproveitem o que a escola oferece. Um dia saberão que essa fase que vivem agora é uma das mais bonitas da vida e da sorte que têm por poder estudar em uma instituição tão incrível.