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2018 Mizzou Career Exploration Summer Camp

7 agosto de 2018

Por Cristiano Carvalho

O que você vai ser quando você crescer? Quando criança, costumamos ouvir essa pergunta pelo menos uma vez. Por vezes, é feita pelos nossos pais ou familiares, ansiosos por saberem se seguiremos o mesmo ramo que eles ou se trilharemos caminhos diferentes. Outras vezes, a indagação é feita por amigos ou por nós mesmos. O fato é que, quando somos pequenos, essa pergunta dá margem a sonhos e brincadeiras em que simulamos sermos médicos, professores, policiais, motoristas de ônibus, jogadores de futebol, etc. Já na adolescência, o sonho de carreira permanece, mas vem acompanhado de uma boa dose de angústia pelas incertezas e pela diversidade de opções. Começamos a ter mais clareza que, ao fazermos uma escolha, renunciamos a todas as outras possibilidades. Será?

Há pouco mais de duas décadas, quando um jovem escolhia sua carreira, se não mudasse de ideia no meio do caminho, teria pela frente um futuro profissional muito mais previsível do que o da atual geração de alunos do Ensino Médio. Se, por um lado isso trazia menos desassossego, por outro lado oferecia menos possibilidade de fazer ajustes de rota, tão necessários em nossas vidas. O jovem aluno hoje já lida com uma realidade completamente diferente. De acordo com o Institute For The Future, organização não governamental sediada em Palo Alto (Califórnia) com mais de 50 anos de atuação em pesquisas de tendências para o futuro, 85% dos empregos que existirão em 2030 ainda não foram criados. Neste cenário de oportunidades e incertezas, o Da Vinci, em parceria com a University of Missouri, ofereceu aos seus alunos de High School, o 2018 Career Exploration Summer Camp. Nosso grupo de 15 alunos, acompanhados por mim e por Lorena Croce, juntou-se a aproximadamente 115 alunos de outras escolas parceiras da University of Missouri High School no Brasil e em outros países para explorar diferentes carreiras, visitar importantes cidades e empresas no estado de Missouri e morar, por duas semanas, na universidade, tendo, assim, uma amostra do dia a dia de uma vida em um campus americano.

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Foram várias visitas a faculdades, normalmente acompanhadas de aulas práticas em cada curso. Quais são as habilidades esperadas de um médico no século 21? Vamos aprender a entubar um paciente? Ou realizar uma massagem cardíaca? E como devemos nos comunicar com esse paciente? De quais formas o jornalista de hoje depende das informações coletadas pelos inúmeros jornalistas informais (cada um de nós com uma câmera e muitas histórias para contar) em seu trabalho mais colaborativo do que nunca? Posso combinar Engenharia com Economia e Negócios? Direito com Arte e Filosofia? Questionamentos, reflexões e descobertas acompanharam nosso grupo nessas “férias” de julho.

Às 5 da tarde, com sol lá no alto e calor de quase 40 graus, íamos jantar. É, os americanos jantam entre 5 e 6 da tarde. Então, além de ficarmos atentos à constante hidratação, teríamos que garantir um estoque de frutas ou algum lanche para fazermos lá pelas 8, quando jantamos no Brasil. E teríamos que lavar a própria roupa. Ao final do dia, sempre havia uma sessão de reflexão, quando nossos alunos, guiados por alunos americanos da universidade, discutiam o que tinham aprendido ao longo daquele dia. Sempre lembrando que, ao explorar, mais importante que definir respostas era estar exposto a possibilidades e ampliar o autoconhecimento em interação com o outro, já que trabalho em equipe, há um bom tempo, não é mais um termo da moda. Virou condição vital de adaptabilidade em um mundo cada vez mais colaborativo.

Além do foco em profissões, também houve os momentos de viagens culturais, com visitas a monumentos como o Gateway Arch, em St. Louis; o Capitólio e a Corte Suprema do estado, na capital Jefferson City; e a Harry Truman Library & Museum, em Kansas City. Nesta última, os alunos participaram de uma simulação de uma situação de crise na Casa Branca durante a gestão do presidente Truman (nascido em Missouri). Tivemos, também, a oportunidade de assistirmos a um jogo de baseball, em que pudemos ver como o cidadão típico americano participa deste tipo de evento esportivo.

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Visita ao Capitólio

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Aula do curso de Direito

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Visita a Monsanto

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Visita a Boeing

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Simulação no Harry Truman Museum

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Bonfire

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Baseball game

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Aula no curso de Jornalismo

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Trabalho voluntário no Food Bank

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Curso de Medicina

Os Coordenadores que acompanharam os grupos das diversas escolas também tiveram momentos dedicados à formação profissional. Em alguns horários em que os alunos estavam em atividades específicas com a universidade, os Coordenadores se reuniram para estudar e discutir como tornar a sala de aula um ambiente mais acolhedor para os alunos. Foram reuniões de trocas importantes com a equipe de educadores da Faculdade de Educação de Mizzou, com colegas de outros estados e até do Vietnã, em que estivemos voltados para o constante processo de aprimoramento de nosso ambiente acadêmico.

No último dia do Camp, houve a apresentação dos portfolios dos alunos. Eles próprios apresentavam seus cartazes com reflexões e imagens de destaque à comunidade presente, constituída de participantes do Summer Camp e membros da University of Missouri. Alguns alunos diziam estar mais certos e outros ainda mais confusos em relação às suas possibilidades de carreiras. Confesso que já esperava esse cenário. Afinal, a pergunta atual poderia ser “Do que preciso para ser o que eu quiser ser?”. O grupo do Da Vinci, que esteve sempre focado e engajado, mostrou-se agregador e curioso. Duas características que já podem iniciar uma boa resposta para a pergunta. E espero que venham mais explorações e mais perguntas para esses jovens, que, independentemente das profissões que venham a existir, já possuem habilidades que propiciam mobilidade e sucesso pessoal e profissional em qualquer carreira que escolham seguir.

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Apresentação dos portfoliosIMG-20180802-WA0027

 

 

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