Centro Educacional Leonardo Da Vinci

Em 2011, o Da Vinci deu início a um importante projeto chamado “Parceria Solidária”, que consiste em aulas dadas por alunos voluntários do Da Vinci, com potencialidades em algumas frentes de conhecimento, a um grupo de estudantes da escola municipal Aristóbulo Barbosa Leão, com necessidade de tutoria para favorecer a aprendizagem significativa. Devido ao enorme êxito da investida inicial, a parceria continuou, demonstrando que a manutenção é uma de nossas prioridades educativas.

No dia 01 de novembro aconteceu o encerramento do projeto da turma deste ano com um almoço e a entrega dos certificados. Estiveram presentes alguns dos coordenadores do projeto, Joelmo Costa e Cristiano Carvalho, alunos monitores do Da Vinci e uma representante e alunos da escola pública, participantes da parceria.

As aulas aconteceram uma vez por semana nos espaços do próprio da Vinci e contemplaram as disciplinas de Matemática e Inglês.

Na oportunidade, foi sorteado entre os alunos presentes da escola pública, um computador, doado pela aluna do Da Vinci Camila Crivilin, da 3ª série, que o recebeu como premiação de 1º lugar em um concurso nacional de Redação.

Segundo Victória Pagung, aluna da 2ª série o Ensino Médio, monitora de Matemática, no início, a ideia era agregar valor ao seu currículo. “Adorei ter a oportunidade de trabalhar como voluntária. Quando pensei que ia só ensinar, me dei conta que também estava aprendendo. Foi uma troca significativa. Além do meu currículo, eu também cresci com a atividade”, conclui Victória.

O projeto qualifica propostas e intenções pedagógicas, por meio do estudo e da troca de experiências entre alunos das redes privada e pública de ensino, propiciando também uma prática humanizada do ensino e uma ampliação dos círculos de relações.

Alunos do Aristóbulo

Monitores do Da Vinci

São projetos desta natureza que formam cidadãos em todas as instâncias.

Leia abaixo o texto de duas alunas participantes do projeto.

Parceria Solidária: A filosofia do projeto no olhar dos nossos alunos

Por Luisa Pimenta e Anna Luisa Campos

Seguindo o projeto de Parceria Solidária dos anos anteriores, alunos do Da Vinci se disponibilizaram a ministrar aulas de matemática e inglês para alunos do 6^o ao 9^o ano da escola municipal Aristóbulo Barbosa Leão, com o intuito de suplementar o ensino de tais matérias. O que começou com uma iniciativa de uma própria aluna da Escola, que almejava aplicar seus conhecimentos adquiridos em sala de aula com pessoas as quais não conhecia, o projeto cresceu e desenvolveu-se, tornando-se o que é hoje. A parceria mirava a preparação dos alunos para a Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, mas aperfeiçoou-se e, nos últimos anos, abrange também a língua estrangeira. O propósito foi aprimorado – seja pelo desenrolar do projeto, pela visão dos próprios “alunos-professores”, ou pela disposição dos alunos convidados. Cresceu, e, com o tempo, abriu-se para uma nova meta: suplementar o ensino do dia-a-dia, para que os alunos ampliem sua perspectiva para o futuro.

Todas sextas-feiras, duplas de “professores” ofereceram suas tardes ao travestirem-se de educadores e  ao tomarem a frente das salas de aula. Experimentaram, mesmo que por um tempo limitado, o encargo de passar o conteúdo para o próximo. Ao preparar – em meio aos seus deveres diários – as aulas, ao teorizar e aplicar módulos educacionais, retirar dúvidas e corrigir deveres de casa, veem de perto a realidade do mestre. Essa visão os esclareceu de seus deveres estudantis e aprimorou a relação aluno-professor dentro das salas de aula do Da Vinci. “Após minha participação no projeto, pude perceber que muitas vezes tomamos atitudes impensadas durante as aulas, não considerando a posição de quem está lá na frente. Muitas vezes, nos esquecemos: professores também são pessoas, têm suas próprias vidas, preocupações e anseios. Empregam tempo e paciência ao preparar as lições e materiais didáticos. Muitas vezes, nos recostamos e ‘viajamos’ durante as matérias – grande parte por causa da nossa carga horária – mas isso não justifica esquecermos que devemos respeito e atenção à pessoa que luta para nos fazer crescer. Reconheci bem isso durante a Parceria e não acho que saberia como o professor se sente, se não tivesse tomado seu lugar”, diz Isabel Hollenstein, aluna da 1ª série do Da Vinci, que ministrou aulas em inglês.